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Bifurcação: April 2007

Bifurcação

Friday, April 27, 2007

linguagem

não, não vou entrar em detalhes e dizer como uma hq deve ser feita porque isso, bem simples, não existe. tudo é possível desde que se mantenha a mente aberta pro material que se tem em mãos. palavras e imagens que unidos formam um tipo diferente de texto.

porque, na arte seqüencial, até as palavras adquirem essa característica imagética, até a arte pode ser entendida como palavra. como ícone ou ideograma. não estou pedindo pra ninguém acreditar que alex ross, por exemplo, se preocupa com hq como texto, como material único. ele, ao contrário, renderiza as imagens de sua história de modo que o resultado seja o mais realista possível porque não entende as possibilidades...

exemplos de autores que sacaram há em todas as escolas de todos os países. gente como goseki kojima, hugo pratt, eddie campbell e ivo millazo pra citar só alguns. a imagem é a palavra e vice-versa.

e não estou falando só das onomatopéias.

falo também da linguagem verbal.

há quem diga que os quadrinhos são uma mídia (no sentido de meio de expressão) bastarda por combinar elementos de duas outras diferentes. é corriqueira essa necessidade de dividir pra entender.

interessa, e muito, tentar encarar a arte seqüencial como algo à parte, nem uma coisa nem outra, como o resultado de uma equação que, apesar de derivar de seus componentes, já não tem mais nenhuma semelhança com eles.

Thursday, April 26, 2007

mais

do mesmo, claro.

pesquisa rápida na rede pra pegar definições acessíveis dos termos que pretendo usar como análogos aos quadrinhos.

em arte seqüencial o material básico são ícones (desenhos) e palavra escrita.

evidente que quando se põe tudo junto na página cria-se uma terceira linguagem que combina as duas, usando ainda outros elementos que são mais, arrã, abstratos/subjetivos do que gostaria nossa vã filosofia.

nisso a aproximação entre a gramática e a linguagem mais recente se torna um tanto quanto difícil. é necessário buscar a definição, o paralelo, então, em outra forma de arte que ainda assim utilize-se do mesmo material, basicamente.

minha opção é pela poesia. dependendo da obra que estivéssemos usando como parâmetro de comparação a poesia poderia variar entre lírica e épica.

imagens e palavras são usadas tanto em hqs quanto em poesia. o diferencial é que na 1ª as imagens são literais ou representacionais, enquanto na 2ª ocorrem com o uso criativo da linguagem verbal.

há ritmo em ambas.

medida de tempo, claro.

poder de síntese é outra característica essencial.

quando tiver mais tempo devo tentar juntar todas essas pontas soltas em um todo que faça sentido.

por enquanto o espetáculo da especulação só serve pra colocar as idéias em perspectiva pra mim mesmo.

Wednesday, April 25, 2007

tese

a teoria por trás do funcionamento das hqs, embora já tocada em obras seminais como DESVENDANDO OS QUADRINHOS e QUADRINHOS E ARTE SEQÜENCIAL, nunca me satisfez.

lembro de numa das muitas entrevistas lidas nos anos 90 com um dos vários autores da onda britânica (que abalou os quadrinhos americanos) ler o depoimento de um roteirista que dizia que sua parceria com o colaborador mais próximo tinha como objetivo definir a gramática dos quadrinhos. sua produção mais recente é literária, não quadrinhística.

o que me fez pensar, mesmo, foi essa coisa de 'gramática'. sério. qual a do cara ao dizer isso? ele pensou mesmo em termos de gramática ou só quis dizer algo que soasse bem, que tivesse lá seu efeito?

tenho mantido um interesse secreto nesse tema prum artigo mas o pouco tempo livre pra executar o que penso me deixa de orelha em pé. talvez com o fds prolongado da próxima semana tenha a chance de colocar a questão toda em perspectiva e produzir um teco de escrita coerente.

quer dizer, ainda lembro como juntar palavras. o problema é que quero tentar uma abordagem aproximativa da linguagem dos quadrinhos com a linguagem verbal escrita e isso pode ser trabalhoso e não deve ser feito no escuro.

Tuesday, April 24, 2007

morte

uma das motivações pra toda encucação de vanessa com a narrativa de sua vida é a morte.

veja bem, ela se viu envolvida em uma situação de que se podia esperar a boa e velha ceifadora como personagem coadjuvante mesmo que só por alguns segundos.

a morte, afinal, é uma puta desculpa pra tudo. até pra escrever. porque se quisesse mentir (e não quero), diria que escrever é uma das muitas formas de alcançar a imortalidade mesmo que sem evitar o comparecimento pontual da dita cuja.

pra mim a resolução de escrever tem muito mais a ver com análise e compreensão do que com fuga. escrever me ajuda a pensar e colocar boa parte do mundo que não entendo numa perspectiva que faça sentido nem que seja parcialmente. porque, como já devo ter escrito antes aqui mesmo, nem todo mundo tem a facilidade dos gênios de entender as entranhas da realidade. esses sim podem escrever como forma de escapar da indigência do esquecimento garantido à maioria silenciosa.

tão ocupado que optei hoje por fazer o registro escrito aqui e não no meu caderno de notas.

Monday, April 23, 2007

23

RAW escreveu um texto sobre o número e reparou nas ocorrências dele em material alheio. já te aconteceu de perceber a presença de determinados números em obras ficcionais e se perguntar o significado pretendido pelo autor?

além de ser o dia de hoje, o número está profundamente ligado ao que pretendo fazer com POÇO.

vanessa não me deixa descansar nem trabalhar direito. depois que comecei a contar sua história tudo de que preciso é de mais tempo pra organizar o resto de informação que vai dar sentido à narrativa. enquanto isso ela me atormenta com a velha ladainha de 'isso não é possível' pra lá, 'isso não é possível pra cá' e assim por diante.

o problema de vanessa é que ela vive no mundo real. ou vou fazer com que viva no mundo real tanto quanto for possível... mas está convencida de que é a protagonista de sua própria vida e de que essa vida é ficcional porque as coisas não podem dar tão errado com tanta freqüência.

nosotros que vivemos a vida de verdade sabemos que não é bem assim, mas ela é só uma personagem, daí sua irracionalidade quando se trata desse assunto.

o engraçado mesmo é que vanessa é a protagonista de uma história que pretendo que pareça quase naturalista, com diálogos e todo o resto o mais aproximado do mundo que conhecemos que eu conseguir criar.

mas ela não se dá por vencida.

é uma chata.

mas é boa personagem.

vou tentar resolver seu problema no fds prolongado.

Saturday, April 21, 2007

gibi

já há algumas semanas tenho posto as mãos, misteriosamente, numa série de hqs nacionais. que gosto de chamar de gibi, como deve ter ficado óbvio pelo título do post.

diferente do que acontece com o mercado homogeneizado norte-americano que tem no formato comic seu sustentáculo (apesar de este não ser o único), no brasil temos os mais diferentes suportes pras historietas.

o que me impressionou foi o fato de as 3 mais interessantes que apareceram serem derivadas do formato europeu, com páginas maiores e mais painéis em cada uma delas.

chamou minha atenção também a diversidade de temas e de arte principalmente na RAGU. há histórias com fundo moral, há histórias que obedecem a uma estética modernista e há até a tradicional, que se preocupa em narrar acontecimentos ficcionais mais ou menos numa ordem cronológica, apesar de não se fazer de rogada e usar o recurso do flashback quando necessário. coincidentemente, é uma adaptação de um conto literário.

já CHAPA QUENTE, do convincente andré kitagawa, usa e abusa de truques narrativos cada vez mais ousados. o roteiro de BALADA SANGRENTA (que de clichê só tem o título) é um dos melhores que li em muito tempo e é totalmente acronológico (se é que essa palavra existe)... mesmo assim, a história é contada com todos os detalhes e sincronicidades necessários pra que funcione. a arte faz juz ao texto.

em DESTINO OESTE, um álbum com valores de produção altíssimos, temos a boa e tradicional história linear que, ainda assim, escapa e com vantagem de qualquer convencionalismo dos comics usando uma linguagem direta e despretensiosa tanto em termos de roteiro quanto de arte e deixando a impressão de trazer mais tesouros escondidos que as óbvias homenagens a momentos memoráveis de nossa história e a pessoas e construtos de pessoas que existiram (ou existem, ainda, em obras como O PEQUENO PRÍNCIPE). muito bem planejado e executado.

Friday, April 20, 2007

foco

peguei uma idéia emprestada de um dos livros que estou lendo e começo a entender que ponto o autor quer atingir. não é tão hermético, é só que minha perspectiva de tudo anda meio desfocada, mesmo.

espero conseguir mudar isso pra breve.

concentração e/ou obsessão é (são) a chave do segredo nesse momento preciso. faz-se necessário limpar o prato de todas as inutilidades que vêm me ocupando e voltar a atenção pro que de fato importa.

e você, com todo direito, pergunta:

do que esse cara está falando?

e respondo:

da obra.

não importa muito mais a linguagem que será empregada no desenvolvimento da coisa, só produzir uma idéia com começo-meio-e-fim já me deixará satisfeito. se vou realizar a idéia como prosa pura ou como hq é secundário.

a obra no momento, a idéia que tem me mantido mais alerta pra possibilidades narrativas, ainda é O POÇO. quero tentar me focar nessa história o máximo possível e encerrá-la com não mais que 24 páginas, divididas em 4 capítulos de 6 cada.

tendo a parte matemática do projeto encaminhada, falta pensar no resultado que quero alcançar.

e só.

Thursday, April 19, 2007

título

novamente sem tempo de alterar o nome do documento, resolvi só digitar aleatoriamente e ver no que dá.

não deve ser grande coisa, não crie expectativa. faz tempo que não brinco de escrita automática. hoje em dia o labor com a página em branco é bem maior, mais suado e barulhento, isso pra ficar só na superfície e não denunciar a escatologia de que sou capaz quando se trata de preencher a dita cuja.

minhas experiências de segunda mão estão deixando a desejar. vou tentar me meter em leituras mais herméticas que façam o cérebro querer voltar a funcionar porque no mood atual só vou ser capaz de encher lingüiça.

falando em experiências, ontem assisti 'o cheiro do ralo' e apesar de haver preocupação com o quesito fidelidade, me pergunto se não caberia mais esforço na transposição do romance pra tela grande.

tipo, o romance funciona por ser uma narrativa em 1ª pessoa e o leitor se identificar com o narrador logo de cara, inda mais se ele for do sexo masculino e brasileiro... porque, convenhamos, BUNDA é o fetiche nacional.

dá até pra pirar um pouquinho junto com lourenço enquanto ele se desintegra na prosa de seu criador-homônimo. fica difícil, no entanto, tendo outra voz interferindo, assim como imagens que são alienígenas ao espectador.

claro, porque quando lemos, montamos nosso próprio filme particular, escalamos o elenco de nosso gosto e um cenário coerente com a realidade à qual estamos habituados. ter atores e atrizes dando novos predicados a personagens que já conhecemos meio que desvirtua o processo original de leitura.

Wednesday, April 18, 2007

roupa

ainda fuçando nas tralhas pseudo-literárias de 94 acabei encontrando meu primeiro texto 'autoral'. o horror, como diria kurtz.

apesar de ser rizível, o esforço foi mais que bem-intencionado, o que quer dizer que foi mal-intencionado. lembro de estar observando, como qualquer perseguidor de plantão faria, uma pós-adolescente na biblioteca da facul enquanto me entretinha com 'a coleira do cão', do fonseca.

eu dizia no texto, basicamente, que determinado tipo de roupa tornava as mulheres mais atraentes. era uma fusão simples de autores que me influenciaram muito na época, como o supra e o velho buck. as palavras ficaram, a impressão das formas atraentes na memória esvaneceu. o detalhe final que chamou minha atenção foi que a menina estava descalça. dentro da biblioteca e descalça.

ruminei sobre isso, sobre esse detalhe por todo o resto de minha vida. por que descalça? por que naquele ambiente? o que se passava por sua cabeça? pela minha, só excitação nível 1... exotismo de primeira qualidade.

bonitinha, cabelos claros, dentro daquela roupa que, apesar de frouxa, dava muito a entender, e sem os benditos sapatos... era verão, mas não do tipo que temos hoje em dia.

útil? sei lá. só sei que foi a curiosidade sobre o que ela pensava que me fez fechar o livro e tomar notas na minha agenda... pra futura referência, quem sabe.

Monday, April 16, 2007

medo

é o único sentimento possível com relação ao meu eu-mais-jovem, de 1994.

que engraçado o sujeito era. que pretencioso. tanta preocupação com neurônios e companhia e com o que quer que seja que ele-eu considerava um 'intelectual' na época.

e as confusões? e as furadas? li o equivalente a uns 20 dias de registros hoje e fiquei empapuçado com minha própria conversa mole e com as idéias que tinha pra histórias em quadrinhos. quanto clichê!

mas parei a leitura pouco antes de começar minha fase de beberrão. as coisas devem ficar pelo menos diferentes, a perspectiva um pouco mais torta e coisa e tal.

a parte chata é que deixei de ler os materiais que têm me acompanhado recentemente e servido como muleta pro meu processo de pensamento danificado.

li pela 4ª vez ADORO MORRER, agora em português, e continuo achando que Tibor Fisher escreve pra mim. acho que é o tipo de elogio mais eloqüente em que consigo pensar nesse mundo em que a personalização de tudo se tornou a norma.

Sunday, April 15, 2007

sem

tempo sequer pra mudar o título do documento.

preciso tentar conciliar o sono o mais rápido possível se quiser estar semi-apresentável no serviço secular amanhã.

mas não deu pra deixar de pensar enquanto fazia notas no meu caderno que, na verdade, o que estou fazendo quando escrevo tanto sobre minha vida pessoal e minha visão de mundo é fotografar sentimentos e perspectiva que só são válidos pra mim.

como em fotografia mesmo.

já reparou (eu já) como as pessoas são curiosas com relação à fotografia?

experimentei essa impressão várias vezes nos últimos anos enquanto registrava projetos pra divulgação na rede. sempre que fotografei as crianças, elas correram pra ver a imagem digital resultante. e quando a ação é feita por elas mesmas a reação não é diferente.

o que será que esperamos ver quando uma foto é tirada?

outra pessoa ocupando misteriosamente o lugar em que estávamos há poucos segundos?

o que espero ler quando apanhar meus cadernos de 93?

uma fotografia imperfeita de como era minha cabeça e de que raciocínios tortuosos me vali pra chegar ao ponto em que estou agora?

só lendo pra saber.

Wednesday, April 11, 2007

sono

reparando num monte de coisas ao mesmo tempo e sem mais do dito cujo pra pensar a respeito. leituras concomitantes incluem textos sobre diferentes linguagens, sociedade e filosofia e uns 3 livros ficcionais pra contrabalançar.

a curiosidade a respeito desses últimos é que um deles funcionaria teoricamente como manual, mas é um manual pra uma realidade ficcional, logo, classificar-se também como ficção.

o que tem pegado mesmo, no entanto, é que exceção feita a PERDIDO, os outros dois não me fazem ter muita vontade de ler. quer dizer, minha média diária de horas acordado-desocupado é baixa. dessas horas de vigília é que costumo tirar momentos nos quais leio (apesar de a opção não deixar de ser atraente e já ter sonhado que lia qualquer coisa... infelizmente não lembro depois... seria mais fácil escrever se tivesse de onde copiar e ninguém descobrisse). preciso me concentrar nesses momentos. os textos que estou lendo não têm aquele 'algo mais' que me mantém interessado pra além do sono.

portanto opto por dormir.

e falando nisso, boa noite.

Tuesday, April 10, 2007

poço

uma das coisas que sempre quis fazer a longo prazo era uma história que mostrasse a decadência de um indivíduo normal até o ponto em que a auto-indulgência tornaria sua vida insustentável e ele se descobrisse covarde demais pra encerrá-la restando portanto nenhuma outra opção a não ser continuar vivendo...

o que este personagem hipotético não parece considerar é como vai ser continuar vivo já que não se importa mais com a diferença entre um ou outro estado, ou seja, não se interessa mais se está vivo ou morto.

final de semana passado comecei essa história.

mas é deprimente demais e talvez mais ninguém queira ler a respeito da loucura progressiva de uma pessoa que tinha tudo pra ser bem-sucedida dentro de um padrão relativamente modesto.

nem eu sei se gostaria de ler sobre isso.

mas é um dos temas que me perseguem.

deve ser uma história mais longa do que as que me acostumei a escrever e, pior, deve ser uma daquelas coisas em quadrinhos.

quero aproveitar pra, além de explorar esse tema que me deixa curioso, tentar manter minha curiosidade em relação à linguagem também.

e falando em linguagem, tá na hora de começar a preparar aquele texto sobre os possíveis usos da dita cuja.

Sunday, April 08, 2007

nota

deu no Bigorna: MARRETA foi lançada oficialmente agora.

valeu, eloyr!

Friday, April 06, 2007

levy

lendo a IDEOGRAFIA DINÂMICA de pierre levy e achando o máximo. da última vez que tentei tava tão atolado que não dei àtenção devida aos detalhes e meio que perdi o interesse.

mas de longe já encontrei no que me agarrar. dá pra fazer associações óbvias com o que chamei de 'ideografia estática' (hqs), mas as considerações sobre o cinema são as que estão conduzindo meu raciocínio no momento.

lembro de ler com curiosidade RECONHECIMENTO DE PADRÕES do gibson principalmente por causa de uma subtrama em que um filme era revelado fotograma por fotograma e uma rede de pessoas conectadas arquivavam seqüências de segundos pra análise posterior e, talvez, determinação do que tratava a narrativa.

e é isso o que é um filme: uma narrativa... ou um sintagma.

a cinematografia não equivale à literatura, formada somente por palavras que podem ser decompostas ou se aglutinar e assim por diante.

no cinema não há fonema, não há morfema.

só sintagma.

se aplicarmos o mesmo raciocínio à 'ideografia estática', porém, a coisa muda de figura porque, querendo ou não, um painel sozinho pode, friso 'pode', ter sentido completo em si.

não consigo pensar em exemplo melhor que a charge ou o cartum.

não que dê pra classificar a coisa toda tão arbitrariamente assim. depende muito da autoria e dos objetivos da narrativa.

estou lendo agora, entre outras coisas, o tradezinho ASILO ARKHAM, INFERNO NA TERRA e achei interessante que, mesmo se tratando de uma história contínua, os autores preferiram estruturá-la em pequenos arcos em que dados personagens tinham seus momentos na berlinda.

poderíamos, talvez, dizer que esses arcos, as narrativas dentro da narrativa maior, corresponderiam ao morfema (frase), assim como o único painel corresponderia ao fonema.

não é de hoje que me interesso pela arte seqüencial como linguagem. ainda tem muito a ser explorado nesse veio e sei que não sou o único com esse tipo de preocupação.

talvez seja legal pesquisar e pensar nisso com mais profundidade em algum outro momento.

agora só penso em descansar pra amanhã.

Thursday, April 05, 2007

amanhã

quero aproveitar o dia pra ler o 4º volume de GOTHAN CENTRAL (uma das poucas hqs publicadas por grande editora no país que vale à pena ser acompanhada) mais um punhado de outras coisas, entre as quais, minhas cópias de CHAPA QUENTE e RAGU, esta a última edição.
quero tentar elaborar em cima daquela idéia das diferentes vertentes que a hqb toma dependendo de quem a visualiza.

o bêbado entrou na igreja e disse:

"Sou eu ou o mundo gira sem parar?"

claro que não tem bêbado nenhum ou que eu gostaria de ser o bêbado sem a parte de 'girar', que tenho labirintite e é foda quando essa merda ataca. só tentando escrever qualquer coisa sem compromisso.

desovar palavras enquanto posso.

aproveitar a folga ao máximo.

uma das coisas que gostaria de fazer é uma resenha a respeito da trilogia MAGUS, que conta a história cabulosíssima de michel de nostredame ou Nostradamus como ficou conhecido.

não só porque valerio evangelisti, o autor, fez uma pesquisa acurada do período histórico, mas porque os livros me fazem lembrar de tudo que há de bom e assustador na humanidade. o interessante na minha opinião é poder compartilhar a vida de criaturas visivelmente deslocadas no tempo, gente que nasceu antes da época adequada e que se vê submetida aos benditos estado, igreja e burguesia.

é o tal regime autoritário-disciplinar que buscava por todos os meios uniformizar o comportamento dos cidadãos a fim de que os mesmos vivessem da melhor maneira possível e em sociedade.

negócio difícil se pensar-se que os caras nem estavam perto de ter o nível de informação que nos alcança diariamente e de modo quase independente de nossa vontade.

MAGUS me faz lembrar de Q, O CAÇADOR DE HEREGES e de O NOME DA ROSA. todos italianos nas raízes e universais de um jeito ou de outro, por conta dos temas abordados.

Wednesday, April 04, 2007

tomei

não, não aquilo ou naquilo.
foi vergonha na cara, mesmo, e comprei um teclado novo ao qual já estou me adaptando, como você pode bem ver.
sem grandes novidades, só o de sempre, com mais coisas se encaminhando naturalmente, como prefiro e assim por diante.
uma das graças de escrever online é justamente a chance de fazer algo sem tratamento prévio, que é o que costumo fazer quando estou compondo meus roteirinhos. sai do jeito que sai e pronto. ultimamente não estava sendo tão satisfatório por conta das letras apagadas e, claro, adivinhadas na hora da digitação e porque o próprio teclado já tinha dado o que tinha que dar, sendo o principal problema a barra de espaço.
e com quanto eu resolvi o aborrecimento?
pois é.
só queria que fosse fácil assim encontrar instrumentos de escrita manual (canetas e papel) que não me dessem a dor de cabeça que os últimos têm dado.
não consigo deixar o caderno de notas de lado por mais que tente.

Tuesday, April 03, 2007

hora de dormir

a minha já passou faz 20 minutos e ainda tô aqui batendo nesse teclado ingrato que me faz parecer pior do que o que sou de fato.
como dizem por aí, estou cheio de pessoas a fazer e coisas a encontrar. a resolução de ontem me deu uma perspectiva diferente pra idéia que tinha tido e comentei antes esta (ou aquela) semana.
deve sair uma nota num site de verdade por esses dias falando do lançamento digital da minha primeira novelinha em colaboração com o Massula. se você ainda não fez o download pode rodar essa esteira até mais embaixo no post COMERCIAL que lá tem um link direto pro 4shared.
encontrei uma pessoa pra fazer a revisão daquela tradução que tinha comentado no último AUTOMATICON (que preciso anunciar aqui pra ver se convenço mais pessoas a assinarem) e recebi as páginas escaneadas de ATMAVICTU, que foram encaminhadas pra letreiramento quase na mesma hora.
o gozado é que fiz um negócio inédito pra mim: revisei o roteiro comparando-o com o material já pronto só que sem as letras e fiz uns últimos ajustes. apesar de o Marcos só estar começando nesse lance de desenhar hqs, o rapaz promete... o estilo do cara faz lembrar um pouco crumb e corben sem a experiência, claro.

Monday, April 02, 2007

ao invés

de ficar mais tempo matutando online e enchendo o saco dos desavisados, hoje decidi gastar os próximos minutos de vigília sobre o bom e velho caderno de notas, o inescapável suporte de papel que venho usando a vida inteira e em que minhas melhores (minhas, viu? o que significa que podem não agradar a todos) idéias terminam aflorando.
é como la rochefocauld (é isso mesmo? nomes que parecem sopade letrinhas não são meu forte) disse: 'todos têm razão'.
ainda mais na era da personalização.
na era do VAZIO, sim, assim em caixa alta pra dar idéia do tamanho do VAZIO.

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