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Bifurcação: June 2007

Bifurcação

Thursday, June 28, 2007

edição

15 minutos editando ACELERADO, foi tudo que fiz até agora.

ser obrigado a ler textos de outras pessoas é o melhor estímulo possível à produção em que consigo pensar no momento. tanto dos profissionais quanto dos amadores. dos escritores empilhados na escrivaninha às dissertações pendentes no armário, por corrigir.

uns por que já percorreram quase a estrada inteira. outros porque mal enxergam, mal divisam a estrada adiante. extremos opostos com mesmo efeito.

pensando sem querer numa proposta-idéia que poderia ser utilizada nas contracapas de hqs. forçado por um dos grants. o do sobrenome.

talvez, depois de martelar o conteúdo de ACELERADO no formato de prosa, ainda encontre uma sobrevida pra história em forma de roteiro.

e ontem li um dos piores roteiros (pra animação) da minha vida.

Tuesday, June 26, 2007

dick

relendo VALIS, encontrando ressonâncias com outras leituras e mantendo paralelamente mais 5 pratos girando ao mesmo tempo.

confirmada a publicação de ATMAVICTU na PRISMARTE #42, primeira colaboração com o marcos, autodidata e bom de briga, além de ter um cérebro que pensa. p-porque, cara, cérebros são pra isso, mas alguns usam só pra manter a cabeça 'ocupada', se é que você me entende.

eu mesmo.

quando decidi pelo título de hoje fiquei derivando. dick é apelido de richard e sobrenome de um dos meus autores favoritos de hoje. mas é também baixo-calão.

até criei um personagem pruma das CÁPSULAS que se chamava felipe q. pinto só de sarro. mais uma das minhas trocentas histórias que não vão ver a luz do dia.

e não estou escrevendo porra nenhuma. puta seca. precisaria ter O insight com todas as frases já prontas e sendo ditadas amigavelmente pela fonte de inspiração, além de um plot pré-aprovado pelo código de ética.

Saturday, June 23, 2007

aê!

fuçando um punhado dos novos latino-americanos com um esgar de satisfação na cara-puça. primeiro foi o bolaño. de tabela veio frésan. a essa altura tou com um pauls no esquema e o padilla em português do brasil logo na seqüência. falta descolar um villa-matas pra completar a trindade de amigos malucos do eixo chile-argentina-méxico.
uma pilha de gibis se materializou vindo de zoft. amanhã trabalho neles pra reduzir a pilha e mandar logo essas merdas pra reciclagem. gibi é que nem jornal. se guardar fode tudo. literatura de consumo-entretenimento é pra jogar fora.
me dê um gibi que preste pra mais de uma leitura que eu guardo.
tem uns livros que dão essa mesma sensação de vacuidade cerebral que os gibis.
lendo outras coisas que prestam na uébi tamém. uns blogue aê, acredita?
justo eu.

Friday, June 22, 2007

tédio

antes era incapaz de diferenciar o vazio e o tédio. tá diferente agora. vazio parece conter algo mais, ser tudo-ao-mesmo-tempo-agora. tédio é esquema diverso. é ranço. material abandonado, mofado, inútil, corrompido pelas intempéries e merdas do gênero.
fazemos o tédio. mais ou menos como o observador cria a realidade. 'homem... medida...', enfim, você sabe do que eu tou falando. fazemos esse monte de lixo porque abandonamos, aos poucos, tudo que interessa de fato. que nos torna humanos. vendemos a dignidade, o que quer que seja essa porra, por preços inferiores ao de mercado somente por mais alguns centímetros cúbicos de conforto. eu não quero mais lutar, cara. tou entediado. o saco foi pra lua e a paciência impera soberana.
se pensar me aborreço.
porque pensar é aborrecido, sabe? é movimento e ação, como o mundo invisível subjacente na realidade visível. uma teia meio-cósmica, meia-boca que se estende em todas as direções a parir paradoxos. pra quê? pra ocupar. pra privar do sono.
que merda.
vou lá ver se consigo conciliar um pouco desse.

Wednesday, June 20, 2007

dia

optar por essa fonte é como uma reaproximação dos quadrinhos em certa medida. fechei POÇO há mais de mês e ainda tou à cata de algum material que se preste à narrativa seqüencial. até rimou!

mas antes quero mexer com ACELERADO, completar pelo menos este conto em prosa, já que não escrevo nada no formato desde MARRETA. e já faz quase um ano que acabei essa história. quem sabe agora com o começo do inverno e tudo mais as sinapses voltam a emitir sinais suficientes preu encerrar o assunto?

levemente preocupado com os conceitos novos aprendidos recentemente. mas nem tanto. interessante que a visão mecanicista da física newtoniana (séc. xvii, porra!) ainda seja a mais aproximada da realidade cotidiana. acho que se introduzissem no cotidiano as teses básicas da física qüântica a gente teria uma perspectiva bem diferente de realidade e muito mais espírito crítico pra lidar com os reveses do dia-a-dia.

porque, verdade seja dita, uma teoria que defende a não existência de uma 'realidade profunda' e que o observador afeta o objeto observado tem muito mais a ver com o séc. xxi do que a hiper-simples de que o que não é campo é matéria e o que não é matéria é campo.

Tuesday, June 19, 2007

outros

sem querer criei um daqueles personagens que se vestem como bala. foi sem pensar e por causa do título de uma revista literária que grudou no subconsciente sem que eu pudesse fazer grande coisa. e o cara é um vilão. e estive lendo sobre as possíveis habilidades dele num artigo da SUPER. as coisas vão se juntando e quando menos você espera a idéia tá batendo à porta. claro que o tempo não tá permitindo nenhum arroubo criativo, mas julho tá chegando e tudo mais.

tentando sem muito sucesso coagular o tempo por, arrã, tempo suficiente pra que minhas formulações em prosa pareçam convincentes o bastante pra que eu mande prum concurso aí. se rolar vai ser um dos primeiros concursos de que participo em sei lá quantos anos. e tudo continua girando em torno do bendito 'tempo'. dá vontade de escrever essa palavra sempre entre aspas. porque é relativa demais. depende do estado de espírito (outra expressão que deveria andar sempre supervisionada pelas aspas) a velocidade com que transcorre. é mais ou menos feito pelo observador.

Monday, June 18, 2007

, melhor, início da 3ª tentativa de leitura de O ARCO ÍRIS DA GRAVIDADE. o texto é maravilhoso e nunca antes tive os subsídios certos pra avaliá-lo. hoje em dia com toda essa coisa de física qüântica aliada aos meus parcos conhecimentos de misticismo me dizem que já devo saber o suficiente pra engrenar a leitura desse material relativo, não-local e polifônico, ancestral da onda cyberpunk e todos os outros adjetivos e locuções que se quiser atribuir a ele.

bananas e todo o resto.

ACELERADO continua lento, mas acho que encontrei a caneta certa pra continuar o esboço. isso me deixa com 3 canetas sobressalentes.

falando em não-local, tava lembrando da época em que quis fazer uma aproximação de um campo desse tipo (nominalmente, o Ideaspace) com os memes. fui corrigido pelo Cyborg, mas só entendi recentemente que os campos não-locais têm mais a ver com sincronicidades que com memes. afinal, os memes têm um atraso correspondente ao tempo de transmissão, enquanto a informação via conexão não-local pipoca simultaneamente. veja bem, eu não disse na velocidade da luz.

Saturday, June 16, 2007

li

um artigo cabuloso sobre conexões não-locais, obsessão novinha em folha. conseqüência de dois outros textos consumidos recentemente. devo estar na sintonia certa pra absorver esse tipo de coisa no momento porque tudo tá fazendo sentido pra além do corriqueiro. não são só mais palavras absorvidas que me empanturram sem ligar pontos, ao contrário.

o foda é pensar que nada disso é observável no mundo das coisas ainda regidas pela visão mecanicista-newtoniana. o lance todo demanda uma visão mais yin do mundo, mais introspectiva.

bizarro que seja assim.

a questão de precisar focar o próprio umbigo pra perceber que está tudo relacionado, que o universo qüântico é ação e não constância, inércia... o universo qüântico é feito de relações que se dão de modo sincrônico, instantâneo... não há informação viajando à velocidade da luz, só informação compartilhada simultaneamente, sem atrasos...

muito louco isso.

tentando imaginar como colocar esse material pra funcionar numa história que não envolva sujeitos vestidos como bombons.

Friday, June 15, 2007

não-local

disperso, pra dizer o mínimo. e cansado. escarafunchando todas as rotas possíveis pra sair do atoleiro de mesmice atual. sem maiores expectativas. conseguir me forçar a escrever uma linha sequer de ACELERADO é impraticável. parece ser impraticável. não é só questão de tempo, apesar de o tempo ser uma das questões levantadas no conto. é foco. pra ser criativo, não analítico. minha criatividade, neste exato momento, tá escorrendo por algum bueiro nas imediações. e não é por falta de insights. tive minha cota desses nos últimos dias mas ainda tá faltando aquela paixão arrebatadora que me faz quebrar as costas catando milho por mais que alguns minutos.

não dá.

pode ter a ver com a medicação pra fazer o mundo parar de girar. sem certeza disso também. as certezas absolutas que permeavam meus momentos conscientes foram pra cucuia. ficou um ou outro borrão, fantasmas de lembranças de como era antes reorganizados pra me agradar, me fazer pensar que era grande coisa. o passado, mais que um estado de consciência é um estado de espírito.

Sunday, June 10, 2007

mais um pouco

da boa e velha martelação de sempre.

minutos contados renderam cerca de 400 palavras e algumas idéias a respeito do que fazer a partir do material inicial que tinha em mãos ontem.

mais a respeito da (pouca) diferença entre energia e matéria reforçou a conceituação arbitrária de que a linguagem de que dispomos hoje tá longe de descrever a realidade (sub)atômica como a entendo. precisaríamos de muitos mais verbos.

espaço-tempo também tem ocupado boa percentagem do que considero minha capacidade de raciocínio. é fácil ler a expressão ou ouvir algum ator pateta repetindo do script de fc, mas entender que é bom fica problemático.

considere a 4ª dimensão, como diria john hinton...

não seria ultracool pensar que o que fazemos aqui e agora pode se infiltrar nesse objeto-tempo e influenciar passado e futuro? pense nas histórias!

claro que preciso me concentrar (ou desconcentrar, depende da percepção de cada um) em não levar nada disso a sério demais e desistir de vez da profundidade, mas tem uns insights que acontecem naturalmente à essa hora da madrugada que são irresistíveis.

Saturday, June 09, 2007

é tarde

e não me preocupo com nada além do texto que tomei coragem pra martelar há aproximados 96 minutos. uma tentativa de fazer algo num gênero em que não mexo faz tempo e ainda interessa. quem sabe tomar coragem e mandar na direção de qualquer um (que não seja um dos suspeitos de sempre) pruma avaliação sincera. o que tem no .doc até agora são umas 500 palavras mas posso estender a coisa toda até 5000. minha certeza de que vou conseguir é vaga. uma possibilidade dentro de uma miríade de outras, diversas.

o desafio é manter o interesse. o foco. outras 4500 palavras mais ou menos dentro dos mesmos parâmetros. pensando com força em vonnegut e k.dick. em capra e gleick. e R.A.W. percepção e velocidade no cardápio. deixando de lado o conceito de que profundidade é importante e simplesmente abrindo espaço pro que rolar. idéias cruas, mal-formadas que sugerem um primeiro tratamento à base de estimulantes artificiais. depois, com um atraso de tantas outras horas e reflexão adequada, um segundo tratamento. verniz. linguagem. coerência. merdas assim.

vantagens de não ser profissional, claro.

não há expectativa.

o que vier é lucro.

não há cobrança... deadline esquecido.

mais uma vantagem: não preciso de desenhista. é só prosa.

pensei em usar o plot dessa história numa contrapartida pra HERÓIS, mas como não consegui fazer nem essa sair do plano do roteiro, desisti.

escrevi as 500 palavras no meu caderno de esboços, a mão, mesmo, e já pude fazer um tipo de 2º tratamento desse material inicial enquanto digitava. o que vier depois pode variar de método. pode ser feito diretamente na máquina. pode ser rafeado em guardanapos ou papel higiênico, pouco importa. criar a confusão, o paradoxo, do nada, já vai ser diversão suficiente.

Thursday, June 07, 2007

zetética

não, não vou explicar... porque, bom, não tou a fim.

ninguém lê isso aqui pelas explicações.

só diversão no 'finnegan's wake'.

mas vamos lá. tenho perquirido por caminhos dantes não traçados, sequer imaginados e ando fazendo mais coisas inéditas do que o de costume.

tou relendo um livro.

faz tempo que não faço isso, não refaço um caminho de anos atrás.

majoritariamente por causa de minha infame preguiça. bendita seja.

GANGUE DO PENSAMENTO é o irmão malvado de 'o mundo de sofia' e faz pensar. se não você perde o fio da meada e é deixado na beira do caminho pela dupla de mal-feitores mais exótica que inglaterra e frança já conheceram.

eles são filósofos (ou pelo menos eddie é... não se pode falar o mesmo de hubert que, no máximo, é um entusiasta ou se torna um depois do assalto bem-sucedido que eddie pratica em montpellier), alcoólatras e roubam bancos.

quer combinação mais esdrúxula?

o desafio agora é tentar levar a zetética pro trampo do mundo secular.

Tuesday, June 05, 2007

novidade

uma fonte fidedigna informou que ATMAVICTU, historinha que escrevi ano passado, deve ser publicada este mês ou no seguinte.

a experiência legal relacionada a essa hq é que escrevi sem desenhista em mente e depois de um ou dois percalços encontrei o cara certo.

ele desempenhou muito bem seu papel, entregou o material há meses e tive tempo de sobra pra rever os diálogos e recordatórios antes do letreiramento. primeira vez que faço esse tipo de coisa.

teve época em que pensava que o roteiro era um produto acabado por si só e dependendo do desenhista pode(ria) ser mesmo. caras competentes de verdade que sabem ler e entregam exatamente o que é pedido, sem tirar nem pôr. tem só um desses com quem trabalhei recentemente. posso entregar o roteiro de olhos fechados e ter certeza de que se o sujeito mudar alguma coisa vai ser pra melhor.

mas repensei essa atitude. de agora em diante quero tentar fazer um processo mais interativo pra que o desenhista tenha tanta participação na hora de criar a narrativa quanto eu.

no mínimo fazer o que fiz com ATMAVICTU e reescrever diálogos ou realocá-los em painéis diferentes pra que a história flua melhor.

Friday, June 01, 2007

cara

tô empanturrado de ler.
o dia hoje foi daqueles proveitosos, como a maior parte do início dos fds tem sido.
o background musical é 'a day in the life' por influência de um dos livros, OS JARDINS DE KENSINGTON, que já mencionei aqui.
lendo coisas relacionadas a quadrinhos sem serem necessariamente produtos da arte seqüencial. A FORTALEZA DA SOLIDÃO e OS DEVORADORES DE GIZ, do oscar aibar entre elas.
minha história em prosa mais recente tá empacada sem sinal de evolução à vista e nenhuma produção nova de quadrinhos, fora a ressurreição de um hábito antigo de fazer rafes de páginas e esboços de personagens dentro de minhas limitações de desenhista de fim de semana.
a síndrome de descobridor do universo deu uma arrefecida e é capaz de eu conseguir descontrair mais o discurso de agora em diante.

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