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Bifurcação: November 2006

Bifurcação

Wednesday, November 29, 2006

coisa

claro.
era de se esperar, não?
acontece mais ou menos como se eu tivesse uma súbita dor de barriga. quando você espera menos, sabe como é a sensação? espero que sim.
não que a idéia não estivesse já alojada em algum ponto de minha imaginação, inclusive já devo tê-la mencionado antes.
é só que hoje houve uma confluência de fatores que me fizeram vizualizá-la pela primeira vez. como as idéias que considero boas, vou guardá-la pra mim enquanto não chegar ao ponto de desenvolvê-la.
claro, também, que já comecei um movimento nesse sentido.
só fico imaginando quem vai ser o desenhista da dita cuja.
continua muito difícil pra mim conseguir contatos com desenhistas, apesar de ultimamente até ter conseguido canais de escoamento pra produção.
se você conhece alguém disposto a se envolver ou se você mesmo estiver a fim, nesse estágio ainda prematuro da idéia a participar dela, é possível me contatar enviando um e-mail curioso na minha direção ou simplesmente deixando um comentário neste blog.

a

é um título esdrúxulo pra uma entrada, mas posso me dar ao luxo.

uma das vantagens de ser invisível.

só pra dizer, dessa vez, que estão aparecendo, devagar trabalhos que compus em parcerias diversas com desenhistas pacientes (principalmente o léo) em revistas impressas.

a primeira é a PRISMARTE, que prima por várias características positivas, inclusive um inusitado senso de dever pra com o quadrinho nacional, e que vem publicando em doses homeopáticas há algumas edições a série CÁPSULAS. quem lia um dos blogs do passado sabe do que se trata porque publiquei vários roteiros dos 3 ciclos que compõem a história lá. só não me pergunte em qual que não lembro. no último número, especial de TERROR em homenagem à D'ARTE, saíram MACHADO (a irmãzinha mais nova de (IN)VERSÃO) e o conto em prosa VIOLA, ambas com arte do léo andrade.

a outra é a QUADRINHÓPOLE que em seu #2 (a sair em 16 de dezembro) vai trazer de volta ao papel a história
(IN)VERSÃO que parece estar sendo sacada melhor pelas pessoas agora.

quero ver se isso me anima a produzir novamente, já que desde o começo do ano, quando escrevi BORBOLETA e ATMAVICTU não tenho pensado em mais nenhuma narrativa gráfica que seja capaz de traduzir em palavras que posteriormente seriam traduzidas em imagens pelo artista.

me chamem de desanimado.

eu mereço.

Monday, November 27, 2006

faça

anteontem minha mulher me contou uma história.

hoje a li.

a história é triste, comovente e poderia ter acontecido com qualquer um. o aspecto que mais me agrada é que ela envolve tangencialmente uma das mídias que mais me interessam.

estou juntando elementos pra tentar fazer dessa história real uma ficcional que provavelmente não será tão boa quanto o material que a originará.

fazendo várias associações que não faria graças à leitura conjugada de livros disparatados. coincidiu, por exemplo, de estar lendo a biografia romanceada de nostradamus. tá, eu sei, culpe o autor, que escreveu dois livros de fc que me agradaram o bastante preu tentar seu material mais 'mainstream'. uma das concessões que ele faz à arte é juntar michel de nostredame a françois rabelais na universidade de montpellier. passei uns minutos na wikipedia esse final de semana. rabelais, pra quem não sabe, escreveu GARGANTUA e PANTAGRUEL. no desenrolar dos livros ele criou o conceito da catedral de thelema e o dito "faça o que quiseres" (em francês, óbvio).

outro livro que estou lendo no momento, aparentemente desconectado do supra é o de THOTH. do bom velhinho aleister crowley. que ficou famoso por dizer "faça o que quiseres pois é tudo da lei."

engraçado, não?

em outra época era capaz de não conseguir dormir com o assombro que isso me causaria.

hoje?

faço o que quero.

Sunday, November 26, 2006

nome

nada de específico hoje, só uma vontade de martelar que nãoo foi suprida pelas outras coisas que escrevi em outras formas.

li uns trechos da última PIAUÍ. é uma revistona cuja procedência ainda não consegui localizar direito no mapa intelectual do país(zeco). tem uns refrões que lembram coisas legais como o PASQUIM, até porque trás entre seus colaboradores caras egressos dessa publicação.

curti ver a matéria sobre o toxoplasma gondii, protagonista do conto HOBBY ESTRANHO que escrevi já há tanto tempo. além disso, outra matéria de interesse pra mim foi a dos palíndromos. cada coisa.

mas comprei mesmo pra ler meu horóscopo. dá pra acessar o danado na página da revista na internet. sugiro que dêem uma olhada.

Saturday, November 25, 2006

gatilho

se você já fez alguma atividade que precisava de um nível de concentração absurdo vai identificar na hora, saber sem pestanejar, de que assunto estou falando. se não, ou se te faltarem as referências certas (imperdoável... todo mundo deveria ler mais que o livro do momento), e tudo começar a soar terrivelmente obscuro, faça como os outros e culpe o mensageiro.

assim...

tenho minhas crenças um tanto quanto tortas em como funciona o universo e, particularmente, a parcela do universo que me interessa visitar em meus momentos acordado.

hoje estive falando sobre uma delas. você pode chamar de 'ideaspace', como a.moore, ou de 'campo morfogenético', como rupert sheldrake, ou de click, como alguns atletas que tive a oportunidade de conhecer chamam.

o fato é que quando se torna necessária uma alta dose de concentração a mente (que não é o cérebro, não está necessariamente vinculada ao corpo) ativa um gatilho e se projeta em uma velocidade alucinante em outras paragens em que funciona de forma mais adequada pra desempenhar qualquer que seja a prática da hora da melhor maneira possível. é simples como mover objetos de um canto pra outro de uma sala quando se está em modo ativo. se tem toda a informação necessária, não se sabe organizá-la? confie no gatilho e comece... ele se ativa, você deixa de pensar, pára o mundo e o tempo e faz o que tiver de fazer.

quando terminar, vai ver, pra sua surpresa, que tem algo inédito, quase desconhecido, em mãos. se tiver sorte é até capaz de explicar como aquilo aconteceu. até um tempo atrás eu era capaz de quebrar as nozes mais duras no roteiro sem ter que apelar pro martelo. bastava respirar fundo e pronto.

hoje em dia a coisa se complicou por conta do nível de informação que quero estruturar no menor espaço possível.

mas ainda acho que consigo. talvez com menor sucesso.

sim.

pynchon

este ano fiz algo inédito... tá, nem tanto, porque já há algum tempo me cadastrei pra participar de outras listas de discussão.

mas a do pynchon tem um algo mais no que concerne ao fluxo de informação... informa mesmo, não é simplesmente mais uma lista de só-louvação ao escritor em questão.

pode ter a ver com o fato de pynchon ainda estar vivo e em plena produção. dizem que escritores mortos suscitam outro comportamento dos participantes e atrai os indesejáveis estudiosos, que tomam a obra de assalto e não permitem que os leigos opinem.

na verdade tive sorte de entrar quando entrei por conta de pegar toda a excitação que o lançamento do novo livro do velho misantropo causou. esta semana, no dia 21, saiu na gringa AGAINST THE DAY. o problema maior agora é evitar ler os comentários entusiasmados sobre o dito cujo.

a outra serventia da lista foi me enviar em direção de outros autores que não conhecia e que me interessaram... o caso de david foster wallace e victor pelevin, por exemplo, que têm títulos em português de que sequer ouvi falar.

sinto falta de quando ainda me satisfazia lendo só o mailling-list do alan moore.

Wednesday, November 22, 2006

fluxo

tá.

passou da meia noite e ainda não tenho idéia do que escrever por aqui hoje. só sei da necessidade de soltar um comentário porque faz mais de um dia que não martelo nada.

tenho escrito mais, agora, na velha área de conforto que é o caderno de notas.

coisas interessantes têm surgido espontaneamente, meio que por milagre. digo, faz tempo que a maioria dos textos que produzo soam vagamente automáticos no sentido de obedecerem a um mecanismo invisível constituído de raciocínio em estado puro e nenhum instinto.

isso tava me deixando triste porque gosto de me considerar intuitivo. de vez em quando. e sem viadagem. no mal sentido.

lendo coisas legais o bastante pra fazerem a mente descolar dos velhos traumas e andar em direções mais agradáveis do que as atualmente freqüentadas. coisa de velho, mas você entendeu.

Sunday, November 19, 2006

onisciente

já decidi purgar um pouco a experiência recente de escrever em primeira pessoa.

o que quer que venha a seguir vai ter um narrador onisciente e, de preferência, sacana. meio de saco cheio de ser bonzinho com os personagens, imagino esse narrador como alguém relativamente maligno que não se esquivará de tirar sarro dos personagens e, quem sabe, avisar de vez em quando 'você não devia fazer isso', 'é melhor não ir por esse caminho' e coisas afins. claro que os personagens não vão ouvir, o que deve acrescentar no tom de comédia do texto.

cansado demais pra dizer muito mais.

sim, li OCEAN hoje. boa leitura. fc de primeira linha. se não me engano complementa o conjunto elaborado por ellis e iniciado com MINISTRY OF SPACE seguido por ORBITAL. falar mais seria estragar a leitura de quem ainda não teve a oportunidade de ler.

por isso me calo.

Saturday, November 18, 2006

samurais

se fosse contar os títulos que leio hoje em dia, entre quadrinhos e mangá, a predominância do último seria óbvia. claro. se você leu o título do post sabe disso. quem me conhece sabe disso. não só de mangá vive o homem, já dizia a bíblia, daí minha preferência pelos títulos alternativos e europeus.

não só de samurais vive o homem, no mesmo capítulo mas num versívulo diferente. claro. tem os suspenses, o mistério, o terror. tudo menos super-heróis. mas tem muito título com samurai no elenco. mesmo que se trate só de uma comédia, uma tiração de sarro do subgênero. ou uma visão não-histórica do subgênero. uma versão alternativa do que seria um samurai se sua atitude fosse a mesma de um punk.

tem o clássico, com samurais como cowboys durões que são maiores que a vida e quase sobrehumanos. uma exploração estendida desse front pode vir a ser chata, mas como mangá é história que geralmente tem começo-meio-e-fim o risco é diminuído e só um ou outro volume são afetados pela retórica nietzchiana repetitiva do super-oriental.

do que foge da temática da espada e do rabo-de-cavalo empinado, tenho gostado um pouco mais. gosto de 'crime stories' e estamos razoavelmente bem-servidos com SANCTUARY e CRYING FREEMAN. claro que o último recai, talvez por se tratar do mesmo autor do clássico supra-mencionado, na facilidade do assassino super-humano, o que não acontece com o primeiro, que é mais dramático, mas ainda assim dramático 'a moda japonesa... o que escapa um pouco da sensibilidade ocidental.

UZUMAKI tem seus méritos, mas já disse aqui antes que ficou difícil me assustar. deve ter a ver com a insônia, café e cigarros em excesso. mesmo assim as opções gráficas são interessantes e o fato do horror ser derivado de uma forma geométrica força o autor a abusar da criatividade o que torna tudo um pouco cômico, claro. é legal quando o autor de terror não se leva a sério. acho que é o caso de junji ito.

ainda labutando com a idéia da história de medo que quero produzir. mas não estou mais tão cismado assim com ela. é banal e poderia ser real. falta um pouco saber se o público está preparado pra minha atitude de aceitar o 'mistério' e não explicar tudo nos mínimos detalhes.

Wednesday, November 15, 2006

medo

é o que tem me mantido acordado.

já disse procês que aquele medo ancestral do desconhecido não tá mais tão em alta. se me perguntassem, diria que prefiro ele ao medo do cotidiano, do banal, do medíocre que soa cada vez mais pejorativo.

coisas acontecem o tempo todo, coisas que me deixam de cabelo em pé e me dão insônia.

nenhum vampiro rondando na vizinhança, nenhum morto vivo fazendo xabú nas madrugadas do condomínio, nenhum fantasma ou poltergeist que não consegue descansar e, por isso, enche o saco dos outros.

mas há vizinhos mal-encarados e chatos que gritam enquanto assistem uma partida de um jogo estúpido, há prestadores de serviço incompetentes que querem empurrar o ônus de sua culpa em nossa direção, há estelionatários capazes de forjar documentos falsos usando números de documentos reais e, assim, prejudicar o outro etc.

benditos tempos em que pensar no impossível como forma de assombro era, mais que entretenimento, fonte de medo, de insônia...

o mais assustador é a estupidez alheia como forma de medo. as tentativas de controle da mídia como em ditaduras. a burrice estabelecida do status quo em que nosso representante máximo se orgulha de não ter diploma universitário enquanto os milhões que ele deveria governar compram sua merda e deixam de ser empregados pelo mesmo motivo.

mas preciso me concentrar em desenvolver uma história de terror, é mole?

como fazer isso se não me sinto mais ameaçado pelo além?

resta só a metalinguagem.

ou introduzir o elemento de terror muito sutilmente numa tragédia cotidiana perfeitamente explicável. escrever o 'fantástico' hoje em dia está cada vez mais difícil.

Sunday, November 12, 2006

pancadas

dou leves pancadas nos teclados com o objetivo simples de aliviar o estresse e me preparar pra dormir (por menos que seja) e enfrentar o dia de amanhã.

as merdas de costume estão em stand by, chinasky falou um monte por mim hoje sem dizer muita coisa e voltei ao plano original de escrever um plot página 'a página da história. nada doloroso demais, ao contrário,é um retorno 'a área de conforto que já devo ter mencionado antes.

enquanto me preparo pro inevitável dia de trabalho no mundo secular gosto de ler as coisinhas meigas que o colega manning escreve no seu nightmareworld . muito mais divertido que chafurdar num mundo ficcional de super-heróis. também é bom porque refresca as idéias com novas possibilidades, novos usos de idéias velhas. gosto do take humorístico do terror.

Saturday, November 11, 2006

outra

hoje passei mais ou menos uma hora dentro do ônibus ouvindo gente desafinada cantar. e quem diria que já houve época em que a maioria das minhas idéias ocorriam quando estava em trânsito...

fiquei puto e não pude evitar o comentário sarcástico antes de descer, alto o suficiente pros cantores de plantão ouvirem, baixo o bastante pra garantir minha integridade física: foda ter que agüentar isso!

e aqui estamos nós outra vez.

sem saber direito em que direção seguir, incomodado, angustiado com a putaria que a nossa organização social permite. as pessoas não reclamam de coisas como a que aconteceu hoje porque é mais seguro não reclamar. não que tenham ficado satisfeitas por serem expostas ao ridículo da pretensão dos assassinos de música, mas por poderem ser julgadas por erguerem a voz em desafio. julgadas e, com um pouco não muito excepcional de azar, executadas.

é, assim caminha essa porra de humanidade.

Thursday, November 09, 2006

tente

de tentativa e erro vive a humanidade.

pelo menos a parcela de humanidade que eu componho. estive, graças a um pedido pouco usual de um novo conhecido, atarefado na tentativa de compor um roteiro de história em quadrinhos mínimo, diminuto.

passei a manhã escrevendo. o estresse levou a melhor sobre mim e o que quer que tenha feito perdeu o sentido imediatamente depois de ter erguido a caneta do papel. rompeu-se o contato entre violador e violado, rompeu-se a ilusão que tentava criar na folha em branco.

depois, em casa, já com a cabeça desanuviada por algumas poucas e boas horas de descanso, decidi por alterar ligeiramente o plot que tinha e investir num formato mais misto de texto e arte.

o resultado foi um retorno 'a área de conforto em que produzi algumas das histórias que considero melhorzinhas de minha lavra. o procedimento começa com o delineamento do plot numa storyline despojada. em três linha descrever os três movimentos principais do roteiro. depois disso acrescentar alguma substância descrevendo o cenário pretendido, o 'pacing' e elocubrando novamente e mais detidamente sobre o formato.

quero uma verdadeira barragem de texto nesta história porque o personagem narrador é egresso de uma de minhas várias tentativas de fazer prosa curta há uns anos. a barragem tem a ver, também,com o fato de estar prouzindo mais prosa atualmente.

os resultados ou pelo menos as previsões dos resultados são ou podem ser alentadores(as).

Tuesday, November 07, 2006

vento

tem um vento fresco entrando pela janela e agradeço por ele. de quando em vez agradecer é mais que apropriado. ninguém dá mais muita importância a esse tipo de coisa.

mas não é disso que quero falar.

todo mundo já se cansou de me ler dizendo como acho desprezível o calor (apesar de saber da necessidade dele e de outras coisas desagradáveis) e não preciso ficar repetindo a mesma ladainha vezes sem conta.

apesar de ter acabado de fazer exatamente isso.

é por falta de assunto ou estou só fazendo o aquecimento pra dizer alguma coisa de fato?

boa pergunta.

o fato é que vento em noite escura me lembra de outra vida, quando ainda era jovem demais pra raciocinar e coisa e tal. o vento na noite escura move o galho que cutuca o vidro da janela e torna a noite do protagonista do conto (talvez de terror) insone. dá pra seguir com esse raciocínio mas não sei bem se é o que quero.

o que me dava medo antigamente era o imaterial, o desconhecido.

hoje em dia são outras coisas bem mais tangíveis.

interessante como uma biografia poderia ser dividida em várias fases diferentes a serem classificadas conforme o medo predominante do período.

pense nisso desse lado que devo continuar com essa lenga-lenga mais um pouco em outro momento.

Monday, November 06, 2006

peteca

vou te contar.

o que tenho feito por esses dias é não deixar a peteca cair. me esforçando mais que um tantinho pra tentar manter a média de quinhentas palavras por dia. com isso deixei mais ou menos prontos os 3 próximos capítulos do conto seriado que estou 'co'-escrevendo com um parceiro de velha data... é mais pela experiência do que é fazer uma parceria escrita do que por qualquer outra coisa... e, afinal, parece que dá certo pra todo mundo. deste lado, pelo menos, tem sido divertido.

e tô com um pouco mais de vontade, também. talvez esgote tudo hoje, mas quero ser mais otimista que isso e aproveitar enquanto durar.

é o que os especialistas chamam de pagar pra ver.

um dia adentro do famigerado horário de verão e desejando o retorno, se possível eterno, do de inverno... e do inverno, claro. cansado de amanhecer suado e das dores de cabeça que morar num caldeirão de suadouro como é a baixada acarreta.

e de gente chata.

e de pouca grana.

gente chata a gente tenta evitar, mas é difícil. esse tipo está em todo lugar etc. pouca grana... bom, o f.d.a. tá chegando e alivia (um pouco) as pressões financeiras que a aquisição exacerbada de livros pode acarretar.

mais uma resolução de f.d.a.: comprar menos livros e conhecer gente (não-chata) que tenha os títulos que quero ler 'a mão.

Sunday, November 05, 2006

matinas

são aqueles momentos de início de madrugada em que nada parece bom o suficiente e a idéia de dormir está longe demais pra ser reconhecida.

se fosse falar de vontade, da coisa propriamente dita, continuaria no mesmo ritmo de agora. graças aos insetos que infestam o l.d.t. tivemos um mini-recesso de todo produtivo (pelo menos pra mim, que não escrevia de verdade há um século), bem mais produtivo do que aquelas horas das matinas em que preciso ouvir (mal) o barulho de centenas, talvez milhares, de adolescentes no pré-cio enquanto me concentro no livro do momento.

ah, a fuga da realidade...

claro.

estive trabalhando entre outras coisas num conceito que chamo provisoriamente de 'história'. é um daqueles negócios que não sabemos onde vai dar mas que agrada o palato e mantém a velha cabeça ocupada entre uma ida e outra 'a livraria.

já tenho o personagem principal que está inelutavelmente ligado 'a palavra que dá título 'a coisa, ele já tem um nome mais que passável e anagramático, mas ainda preciso pensar em que fazer com o material de plot de que disponho.

é aquela velha questão de adaptar o personagem 'a trama e mais algumas coisas... dessa vez, penso em fazer a narrativa gráfica mesmo que não seja uma história em quadrinhos. então penso em como organizar a história dele, desse outro de papel, dentro da página, nas pausas e pulsações necessárias pra que seja dramática, cômica e heróica (a narrativa) ao mesmo tempo.

de fato. estou excitado com essa idéia.

ver no que dar é o que há.

Saturday, November 04, 2006

verão.

começou mais uma vez o entediante e sempre desagradável horário de verão. espero que aquele calor dantesco que costuma acompanhá-lo se mantenha longe e não perturbe.
meus motivos são egoístas, mas o egoísmo é a base do relacionamento de 11 entre 10 pessoas e o mundo. não gosto do calor. não gosto de acordar cedo. se tivesse um pouquinho mais de estímulo externo já teria dado um chute na bunda de meu trabalho secular e procurado rotas alternativas de sobrevivência remunerada que não implicassem em acordar todo dia 'as 4:45.

Friday, November 03, 2006

idéia.

sabe quando você está lendo ou fazendo qualquer outra coisa e de repente é atingido por uma idéia?
me aconteceu hoje.
é vergonhoso admitir, mas não sei como lidar com ela. se bem administrada, pode se tornar exemplo de como se pode fazer muito usando pouco. se, por outro lado, etc. a vida fica complicada e nada mais será o mesmo pra pior.
lembro de ler nos loucos anos 80 coisas do tipo 'do mesmo jeito que há sons inaudíveis para o homem, há também cores'. uma idéia que sempre me persegue, essa das coisas que não são perceptíveis pra aparelhagem sensorial de que dispomos.
agora, só imagine: e se (o princípio de grande parte das idéias são essas palavras) um cientista resolvesse, como griffin, desenvolver uma fórmula. mas não seria da invisibilidade. seria da inaudibilidade. 'o homem inaudível' e suas conseqüências. acho que se prestaria, e bem, pra uma comédia fácil, uma farsa, no máximo.
'o homem inaudível' sempre diz o que pensa sem se preocupar com o que vem a seguir. ele pode xingar, dar opiniões profanas a respeito de religião e escandalosas a respeito de sexo e o máximo que vai ouvir dos outros é 'desculpe, mas você disse alguma coisa?'
ele ainda vai precisar pagar contas e ter a vida aparentemente em ordem, mas pode enlouquecer em se tratando de linguagem falada que ninguém perceberá. afinal, vai falar sozinho o tempo todo.
mas a aparência é tudo com que vai precisar se preocupar.
talvez até suas palavras escritas desapareçam da memória de quem as lê, já que são uma representação signíca do que ele quer dizer.
vou pensar mais um pouco a respeito.
pensar visualmente pra variar.
e ver no que dá.

Thursday, November 02, 2006

inimigo

tentando manter certa sobriedade. hoje escrevi um capítulo e meio de MARRETA, além, é claro, de transpor em palavras algumas idéias pra outro projeto em que tenho mexido com o léo andrade, já conhecido de todo mundo.
o único problema tem sido enfrentar o sono, verdadeiro e inalienável inimigo do raciocínio. por mais brilhante que seja a idéia, se meu poder de concentração estiver prejudicado, não vou conseguir fazer que funcione.
até em se tratando de leitura, coisa que faço com certa desenvoltura, a concentração tem sido exigida de montão. acho que o tipo de livro que tenho lido exige mesmo do leitor. david foster wallace mais que thomas mann. pynchon pacas o moleque.
em dúvida com relação a um monte de coisas. sei lá porque, mas parece que alguns aspectos do quadrado estão voltando a se alinhar e parecer novamente, sabe, um quadrado.
muito raciocínio jogado fora recentemente graças 'a ilusão de mundo. me preocupo demais, ando paranóico mesmo com essa coisa de administrar a economia do lar. é uma merda. pensar 'a frente, gastar massa encefálica nisso me parece inútil e é um verdadeiro transtorno na hora em que preciso de espaço pra funcionar como criador.
tipo, preocupado não consigo mais sequer fazer as associações mais idiotas de idéias.
pô, são quase duas da madrugada e eu aqui me mantendo acordado. acho que por hoje já deu. vou fazer uma tentativa de conciliar o sono com a impressão, mesmo que falsa, de que o dia rendeu bastante.
um post em um mês, praticamente. isso tem que mudar.

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