outra
hoje passei mais ou menos uma hora dentro do ônibus ouvindo gente desafinada cantar. e quem diria que já houve época em que a maioria das minhas idéias ocorriam quando estava em trânsito...
fiquei puto e não pude evitar o comentário sarcástico antes de descer, alto o suficiente pros cantores de plantão ouvirem, baixo o bastante pra garantir minha integridade física: foda ter que agüentar isso!
e aqui estamos nós outra vez.
sem saber direito em que direção seguir, incomodado, angustiado com a putaria que a nossa organização social permite. as pessoas não reclamam de coisas como a que aconteceu hoje porque é mais seguro não reclamar. não que tenham ficado satisfeitas por serem expostas ao ridículo da pretensão dos assassinos de música, mas por poderem ser julgadas por erguerem a voz em desafio. julgadas e, com um pouco não muito excepcional de azar, executadas.
é, assim caminha essa porra de humanidade.
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