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Bifurcação: March 2007

Bifurcação

Saturday, March 31, 2007

idéia

ser 'assaltado' por uma idéia já é uma idéia boa o bastante. nosotros, seres humanos normais, temos que correr atrás das desgraçadas ou simplesmente usar a velha tática meditativa do 'e se'.
hoje, por exemplo, peguei o livro mais recente de paul auster publicado nestas plagas. o que me fez lembrar de TRILOGIA DE NOVA IORQUE e, conseqüentemente, de CIDADE DE VIDRO. mesmo autor e tudo mais. nenhum grande esforço imaginativo de minha parte. admito. guilt as charged, como dizem os gringos.
daí lembrei que um dos personagens da história decai rapidamente ao longo da narrativa emfunção de uma obsessão. é claro que um dos temas que me são mais queridos é esse da decadência. o que faz um ser humano ir de uma vida de conforto moderado, talvez até de felicidade, ao outro extremo do espectro?
juntei a isso uma idéia surrupiada de uma das poucas histórias em quadrinhos de super-heróis que vale à pena ser relida e terminei com uma idéia que talvez ainda veja a luz do dia.
o tema está no lugar certo, os recursos narrativos já estão escolhidos... só falta agora encontrar uma trama na qual encaixar tudo. a trama pode vir de qualquer lugar, até porque, nesse caso, é bastante secundária. a idéia me impressionou o suficiente não por ser inédita, como você bem pode perceber. a execução é o que mais vai interessar no processo todo.

Friday, March 30, 2007

não sou eu

hoje me disseram que não pareço mais comigo. por mais estranho que seja ouvir isso de um desconhecido quase total, até entendi o que ele quis dizer.
mas quem ainda consegue parecer consigo mesmo nos tempos atuais? e tempo, entenda, é a palavra-chave da questão.
isso é importante: se você ainda parece consigo mesmo aos 15 anos mesmo já estando próximo da casa dos 40 alguma coisa muito errada aconteceu em algum momento.
claro que algumas características devem permanecer imutáveis. mas os cabelos caem, a cintura engrossa e assim por diante. isso pra ficarmos só no aspecto físico.
e no psicológico?
vivemos outra era. uma diferente da que em que nascemos. é estranho e divertido ao mesmo tempo. num momento estamos de um lado da mesa do professor e no seguinte... mas esse sou só eu.
e você?
continuou imutável, congelado no instante de uma fotografia? não deve ser muito difícil montar uma história em quadrinhos assim, baseada nas fotografias tiradas ao longo de uma vida...
acho que é por isso que gosto tanto de MATADOURO 5. o personagem central está solto no tempo. os alienígenas da história o enxergam como uma espécie de centopéia com pernas de criança numa extremidade e de velho na outra... ou apenas de morto.
passamos a vida inteira mudando, crescendo ou encolhendo, depende da fase, dificilmente vamos ser capazes de nos reconhecermos olhando fotografias de anos idos.

Thursday, March 29, 2007

COMERCIAL

interrompremos nossa programação normal pra informar que já está disponível no link ao lado o arquivo .pdf de MARRETA, livro virtual escrito por mim e pelo massula e visualizado (capa, diagramação e tudo que é importante enquanto objeto 'físico') por Léo Andrade.
retornaremos à nossa programação normal tão logo eu esteja devidamente alimentado e limpo.

Wednesday, March 28, 2007

buá

é característica de algumas hqs de super-heróis nos dias que correm assumir um aspecto de pseudo-realidade que consiste, basicamente, de ter um ou outro personagem se lamentando pelos cantos descontente com seu quinhão no 'universo' em que vive.
o que vai diretamente contra o que acontece de verdade no mundo que nos cerca.
há problemas? claro, de toda sorte. vivo num lugar que tem os dias contados segundo o clamor dos ecologistas e uma reportagem assistida hoje. nosso presidente é considerado exemplo de sucesso pela maioria avassaladora (e que o elegeu). a violência campeia e, pior, a violência gratuita.
aí é que está.
no geral, a atitude das pessoas normais é de indiferença frente a todos esses problemas.
desinteresse é mais comum que qualquer outra atitude.
e, como deveria ser, hqs de super-heróis deveriam servir como rota de fuga dessa realidade, como mundos de fantasia fizeram (e ainda fazem) desde há séculos.
ao invés disso o modelito do super-herói 'cresceu' com o leitor.
não vemos ninguém surpreendido com o fato de ter poderes, só pensando em como as coisas deram tão errado, em como tudo era melhor antes e assim por diante.
quando vi num episódio de HEROES o personagem de masi oka contente por se descobrir capaz de parar o tempo foi quase como ter uma revelação.
nos quadrinhos todos deveriam estar felizes por viverem num mundo em que tudo que deu errado no nosso pode dar certo.
encare como quiser.
os quadrinhos (e penso mesmo nos de super-heróis quando digo isso) deveriam ser uma alternativa pras agruras da vida real, não mais do mesmo.
parece que só grant morrison e um punhado de outros iluminados descobriu essa verdade tão evidente.

Sunday, March 25, 2007

personalização

é um daqueles momentos em que calha de eu estar lendo vários livros que me mandam mais ou menos na mesma direção.
o mais surpreendente e que demanda mais atenção é A ERA DO VAZIO, do lipovetsky, que é a origem daquele seu outro ensaio mais recente que mencionei há alguns dias ou semanas, TEMPOS HIPERMODERNOS.
tentando visualizar uma aplicação dos conceitos que estou apreendendo em qualquer coisa que escreva futuramente.
no mais é voltar agora mesmo pro meu outro processador virtual e ver se consigo bater nele o bastante pra produzir outro capítulo de IMITAÇÃO.

hqb

não é difícil pensar a respeito. pra mim veio naturalmente. há várias 'escolas' de quadrinhos brasileiros.
fiquei olhando ontem pras aquisições mais recentes e pensando que, porra, a gente tem uma puta representação quando se trata de hqs puramente conceituais que tem como prerrogativa uma abordagem mais estética e personalizada da linguagem.
como a RAGU que linkei aqui ontem.
daí tem esses caras que fazem a ponte entre a hq puramente estética e sua irmã menos pretensiosa, de que falo abaixo. seria a escola intermediária,que promove o casamento do belo pelo belo com a narratividade mais tradicional.
como exemplo, tiro do chapéu o kitagawa, também mencionado aqui ontem.
por fim, a mais modesta que tem como objetivo simplesmente contar histórias (e na qual acho que me incluo na maior parte do tempo).
o exemplo, é claro, tem que ser a QUADRINHÓPOLE e correlatas.
mais assim que tiver pensado em mais.

Saturday, March 24, 2007

antes

que eu esqueça, tem capítulo novo de IMITAÇÃO online.
imagino que a partir deste dê pra entender melhor a idéia por trás das idéias.

sincronicidade

falando em vôo, criaturas estranhas e outros bichos, lá pro capítulo não sei qual de PERDIDO esse tema é introduzido... não defino melhor porque, sinceramente, não tô com saco pra isso e li uma caralhada de páginas da coisa hoje, junto com o começo do terceiro volume da trilogia MAGUS.
o interessante não é o vôo em si, mas a sensação de ser excluído por não ter essa capacidade. daí a concluir que isso pode funcionar como metáfora, por exemplo, pra alguém incapaz de vôos da imaginação é outra história.
e esse fds promete.
meu exemplar de QUADRINHÓPOLE #3 chegou e a história que já tinha ficado bonita nos arquivos .jpg que o jean me mandou, ficou mais bacana ainda impressa.
chegou também minha cópia de CHAPA QUENTE autografada e com direito a um desenho extra do sr. kitagawa. as histórias, que eram instigantes no site, ficam quase sobrenaturais impressas. e pude ver PARANGA INSANA com as cores originais, já que meu monitor tá morrendo e não tem mais vermelho.
e o que chegou por último mas que não é menos importante foi a edição mais recente de RAGU, vinda diretamente de pernambuco. tudo num sábado só.
é hqb de qualidade que não acaba mais.

Thursday, March 22, 2007

morcego negro

encontrei esse personagem pela primeira vez hoje.
pouquíssimos centímetros, mas bastante personalidade.
estava no pátio, correndo um risco absurdo de ser pisoteado por uma horda incontrolável de adolescentes cheios de hormônios.
as garotas góticas da escola se tornaram fãs instantâneas e o seguiram até o ponto em que, depois de ser guiado o mais cuidadosamente possível até o arvoredo, alçou um vôo bonito e despreocupado.
não pude deixar de admirá-lo. no chão se arrastava lamentavelmente como todos nós... uma vez no ar e na sombra reconfortante das árvores, sua elegância natural aflorou.
nada a ver com histórias em quadrinhos.
nada a ver com o pulp de mesmo nome.
só um bicho sombrio que de dia é muito menor do que parece à noite.

Wednesday, March 21, 2007

perdido

livro novo no menu. trata-se de PERDIDO STREET STATION do anglo-egípcio China Mièville. muito estranho e tudo mais, com direito à namorada com cabeça de inseto, o que me faz lembrar do entrepelado, do velho Bill Burroughs.
cenários louquíssimos povoam também meu dia-a-dia na transição do mundo secular pro meu 'inner sanctum', como dizem os super-heróis.
mais um tilt como o de hoje no cérebro e vou precisar consultar aqueles profissionais que todo mundo tenta evitar.
e por enquanto é só pessoal...
preciso dormir um pouco pra acordar dentro de alguns instantes.

Tuesday, March 20, 2007

quente

demais. não o clima, claro. talvez meu cérebro tenha entrado em ebulição por outro motivo.
é a chapa. a CHAPA QUENTE. muito tempo desde que encontrei tanto material nacional interessante de um só autor. e tá tudo online, disponível pra leitura e, aconselho, leia.
o melhor quadrinho urbano nacional possível no momento.
como sou obsessivo-compulsivo com os quadrinhos de que gosto, encomendei um álbum pra me dar o prazer tátil de reler as histórias num suporte físico.
mas li tudo na rede primeiro.
tá valendo reler.
e sabe aquele lance, daquela história com o personagem de outro roteirista que comentei aqui? o cara topou. só deus sabe quando vou ter tempo de escrever mais um roteiro.

Monday, March 19, 2007

sei lá

por que, mas voltei a escrever sobre quadrinhos.
como faz muito tempo que não escrevo esse tipo de texto, chamei uns camaradas pra darem uma força. ou vice-versa. às vezes tenho quase certezade saber como as coisas começaram, outras acho que só imaginei tudo.
tipo, tem esse artigo, IDIOMA NACIONAL, que co-escrevi com o Jean no Bigorna, a melhor pedida possível de informações quando se trata do meio alternativo brasileiro.
tive idéia pra outro texto enquanto arrumava a cama hoje, mas não sei se tem muito a ver com a realidade em que vivemos.
acho que é isso que me interessa no momento... a realidade, o que dá pra fazer... não o que vem pronto do exterior.

Friday, March 16, 2007

muito bem

finalmente o fds... tava cansado a mais não poder de subir e descer a Serra. semana interessante na USP com mais idas e vindas a uma das lanchonetes do que o recomendado pela minha nutróloga imaginária.
ela me atormenta, a maldita.
diz 'não coma essa porcaria! vai passar dos 90 desse jeito!' e respondo com um cigarro pós-mocaccino no canto da boca, 'pelo menos não dos 90 anos, certo?'
porradas de idéias esdrúxulas me ocorreram entre uma subida e outra. uma delas diretamente derivada do trânsito louco, louco, do clima insano e assim por diante.
a outra, derivada da atividade, da feira de ciências em si, me deixou com a impressão de ter a pegada certa prum personagem que não é meu mas que imagino que ficaria legal se fosse escrito por mim.
resultado? pedir permissão pro pai da criança.
não contei pra ninguém ainda, mas outro roteirista usou um dos meus e fez uma história legal com ele. quero fazer a mesma coisa com um cara diferente.
vamos ver.

Sunday, March 11, 2007

okeydokey

tudo isso só pra dizer que o INDEX MARRETA foi devidamente atualizado. então, enquanto não produzo o bendito posfácio, você pode ler os capítulos individualmente no site sem se preocupar em achá-los.

Saturday, March 10, 2007

posfácio

tô tentando pensar no que ficaria legal de ter em um posfácio.

sim, você sabe, aquela coisa que vem no final dos livros e que costuma trazer mais do mesmo, exceto que com o acréscimo de que o escritor tem a oportunidade de se masturbar diretamente sob os olhos do leitor.

é. esse tipo de posfácio deve ser fácil de escrever. pelo menos se se tem experiência com masturbação.

claro que falo de uma masturbação figurativa, não da coisa em si.

daí seriam outros quinhentos, certo?

masturbação como análogo do ato de escrever. se bem que seria estranho se masturbar usando as duas mãos. sim... e as pontas dos dedos... claro que se fosse uma mulher escrevendo faria mais sentido.

o cigarro está quase no fim e ainda não consegui pensar em nada que prestasse o suficiente pra colocar no tipo de texto que preciso escrever... então vou jogar a toalha por hoje (figurativamente outra vez) e ver o que consigo amanhã, quando já tiver parado de pensar.

Friday, March 09, 2007

uma

história nova veiculada na QUADRINHÓPOLE #3, com arte do Jean Okada.

o lançamento é, de todos os dias possíveis, 13/3, em curitiba etc. siga o link acima e se informe melhor porque, siceramente, é o segundo dia seguido que sinto os neurônios dando curto-circuito e, posso garantir, a sensação não é nada boa.

mais um motivo, aliás, pra eu não atualizar mais isso aqui tanto quanto gostaria.

calor demais, entusiasmo de menos.

sei que dificilmente alguém vai ler e se interessar por isso, mas não posso deixar de tentar: tenho um roteiro aqui aprovado pra publicação mas não tenho desenhista.

sei que seria melhor e mais fácil se pudesse pagar alguma coisa, mas não é o caso, não na realidade brasileira atual, pelo menos. se estiver interessado, seja lá quem for, o prazo é de mais ou menos 6 semanas pra entregar 7 páginas desenhadas. não tem compensação pelo tempo gasto, mas tem a publicação da história que, de qualquer modo, pode fazer parte de seu portfólio e constar de seu currículo.

claro, o contato.

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