desejo
...necessidade, vontade.
era o estribilho de uma canção dos titãs, da época em que a banda ainda prestava e as letras eram escritas pelo arnaldo antunes, o poeta mais próximo de um concreta que apareceu depois do leminsky.
tô tentando pôr pra fora um pouco da minha necessidade de escrever contra todas as deprimências do cotidiano ridículo a que me vejo preso.
é rota de fuga, pelo menos por hoje, no momento presente.
de saco cheio de tanta gente que pensa que 'entende' todo o resto sem precisar se esforçar e desrespeita a visão alheia do que é importante em detrimento do que acha que é importante.
tento não fazer isso. às vezes falho, outras consigo. ao menos tento.
risinhos imbecis e escritos. detesto essa característica do texto escrito, particularmente do texto veiculado em tempo quase real na internet. se você pede a opinião de alguém sobre qualquer assunto que seja, não é educado rir da pessoa.
sou de um tempo em que a relatividade do que se diz a alguém e do contrário que se faz a essa mesma pessoa era tido como mau-caratismo. hoje em dia tá tão comum que dá raiva. e não tô falando de 'governo totalitário em sociedade distópica' não, porra! tô falando dos zés e marias-manés que povoam o mundo e têm essa atitude errática e arbitrária.
quando digo qualquer coisa tenho a consciência do que estou dizendo e dificilmente volto atrás no que digo. se volto e tenho consciência de que incorri em erro, me desculpo.
era o melhor dos tempos, como dizia dickens.
hoje em dia sou considerado bobo e ultrapassado por valorizar essas coisas minúsculas.