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Bifurcação: July 2007

Bifurcação

Friday, July 20, 2007

tempo

sem acessar a rede serviu pra desintoxicar um pouco (ou muito) e ganhar mais perspectiva sobre uma das idéias que vêm me obsecando recentemente.

veja: imergir em ficção com a constância que me é característica, assim como leituras pouco ortodoxas sobre física qüântica e realidade êmica são fatores que estão me levando a entender melhor (e querer reler) Invisibles. o que pega nesse momento é mais daquele questionamento dos meus queridos defensores da interpretação de copenhague.

não há realidade profunda lá-lá-lá.

associado a isso está, obliquamente, o testemunho da 'lei do mais forte', por assim dizer, que ainda vou registrar direito em algum lugar, não sei quando.

livre associação de idéias pode ser um prazer e um tormento. simultâneos.

Monday, July 16, 2007

jeito

de fazer as coisas deveria estar mudando enquanto digito essas linhas. sim. aqui.

acabei de ler um par de artigos na rede a respeito da capacidade mnemônica humana de armazenar informação e não deu pra evitar lembrar da coletânea da Sibila, O HOMEM PÓS-ORGÂNICO.

tem gente que classificaria o jeito como minha mente funciona hoje de paternalista, mas não dá pra evitar. enquanto descubro as possibilidades infinitas de uso de tecnologia tem um porrilhão de outras pessoas vivendo na idade das trevas e pensando somente em como estamos/podemos fazer feio no esporte, no pan, no diabo a quatro.

a mesma realidade fragmentada em um milhão de pedacinhos ou o número equivalente de sistemas neurológicos que percebem o mundo cada um de um jeito diferente.

orelhas em pé.

Friday, July 13, 2007

outro

certo. agora vou fazer direito. não nesse sentido. no outro. o corriqueiro, sabe?
digerindo (ainda) toda a comida em que pus as mãos hoje mais as possibilidades interconectadas de milhões de universos que nada tem a ver com gibis. apesar de não ter escapado de ler um ou dois. o problema com os gibis é que eles não são pensados (em sua maior parte) pra pessoas bem informadas (ou formadas). não contraria sua origem. bolado como entretenimento de massa ainda cumpre esse papel ligeiramente alienante. whertam não estava certo. a mídia ainda não alcançou todo seu potencial. e falo generalizadamente, não como se isso fosse um dogma inabalável. há autores que mesmo trabalhando pra indústria norte-americana de hqs trazem alguma inteligência e elementos da assim chamada realidade pra suas tramas.
até as protagonizadas por homens-bombom podem ter sua graça.
mas não sei se é disso que quero falar.
tenho mais vontade de falar de conceitos que dariam uma boa hq do que das hqs em si. culpe as leituras recentes. se é que você precisa culpar algo-alguém.
R.A.W. ocupa um terço de minhas duas horas diárias de leituras. sua versão de O LIVRO DOS DANADOS de Fort me mantém entretido. doc Herbert, o físico, ocupa outro tanto equivalente e o restante fica a cargo de Pynchon. aprendi mais sobre sincronicidade, conexões não-locais e a voa e velha arte de narrar nas últimas semanas que em anos lendo quadrinhos.
tem a ver com aquilo de que falei na prévia de não escolherem o material adequado. dá pra informar com quadrinhos. transmitir dados. só que não é isso que o leitor quer. assim como não é isso que o telespectador quer.
pergunta: por que as pessoas resistem à informação?

ão

fim.
por um tempo, pelo menos, vou reparar mais nessa coisa do título da postagem. ou fica banal. tanto ão nos últimos me deixaram com o pouco cabelo que me resta em pé. seria uma tentativa de superlativizar uma vida que, de outro modo, parece cada vez mais depressiva?
possível.
vou fazer um esforço consciente e tudo mais.
outro que pretendo empreender é o esforço pra produzir mais conteúdo com algum valor informacional. apesar de estar tomando doses cavalares da dita cuja, não vejo ela transparecendo em quase nada do que escrevo.
se vai mudar algo é um fator desconhecido.
só vou tentar.

Wednesday, July 11, 2007

existenz

dia foda de fragmentação e descida mental profunda a qualquer lugar.
ainda tento recuperar o fôlego e penso no que cometer a seguir.
deliro e quero recuperar minha irritabilidade, a raiva primordial que me moveu pra ter pelo menos um motivo pra sangrar na página as idéias novas que ocorrem. ao contrário, preciso de mais dessa merda de reflexão se quiser traduzir os sentimentos atuais. que vão estar chocos quando afinal chegar neles.
tempos modernos e tudo mais.
velocidade acelerada de dias, tardes e noites.
tudo passa num borrão e quando tomo consciência, de leve, de quem sou e onde tou é tarde outra vez pra fazer algo a respeito.
a deprê atual, localizo, deriva da súbita suspensão do consumismo exacerbado ao qual dediquei os últimos meses.

Monday, July 09, 2007

sensação

era um chocolatinho com recheio de morango que comi muito na infância e tem a ver com como me sinto no momento. aquela história de pausa grávida e tudo mais.
aí...
minha vontade de contar histórias tá em baixa, mas ainda sinto essa compulsão pelas palavras. pode ser por isso que estou compondo duas paralelamente, em prosa que não sou bobo, e tentando incluir toda a informação descritível com a linguagem escrita como conheço que for possível e coerente com os temas.
se bem que pela experiência recente poderia dispensar essa última parte e mandar tudo às favas. como nos bons e velhos tempos.
lendo mais blogs que costumava e captando um certo fluxo de linguagem verbal transcrita que quero tentar emular.

Saturday, July 07, 2007

indecisão

tava passando na tevê aquele filme de sempre em que a vida do presidente dos e.u.da a. tá em perigo e os super-heróis de plantão de sua guarda pessoal entram em cena pra livrar a cara do safado.

eu, sentado aqui olhando pra tela como se tivesse alguma coisa a ver nela, lendo textos e mais textos.

minha cabeça aqui e lá, pensando na fatura que ainda não chegou, no estilo do cara que escreveu o que eu tava lendo e em como a gente consegue equilibrar tantos pratos ao mesmo tempo e, ainda, manter a sanidade.

como se não fosse dúvida suficiente, parei ali, encantado com os diálogos do galera e do bressane, com as argumentações sem falta e realistas e comparei com material impresso que tenho lido.

é inevitável, pode me xingar e o caralho à quatro, mas sou um homem de letras na pior acepção do termo, porra. vivo pelo texto e para o texto. às vezes o texto é só uma desculpa pro cara vazar suas idéias e seja o que deus quiser.

falo do texto jornalístico que nada tem a ver com estilo. comunica, informa e olhe lá.

tem esses outros caras.

esses que pegam a palavra e vão com ela até os limites, sem timidez de encontrar verdadeiras pérolas e dividi-las comigo, o porco.

vi um porco hoje em outro filme. era o personagem mais interessante.

à pururuca é uma delícia.

Wednesday, July 04, 2007

despacho

não do tipo de encruzilhada, claro. quer dizer, nem tanto, afinal você não me conhece e às vezes também não me conheço, então, vamos lá, delete essa informação e siga em frente.
acabei de despachar mais um roteiro que agora começa a ter chances de ser desenhado. pelo menos tá na berlinda, melhor que na gaveta. e-e o danado pode até ser publicado ainda este ano se encontrar seu outro pai.
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eu disse "a dúvida é menos complexa que a certeza". e também "é mais seguro, em mais de um sentido, permanecer na dúvida."
esse discurso vem de encontro ao jeito que penso hoje, nesse horário específico.
há espaço, nele, pro mistério. amplie o sentido. amplie os sentidos.
crenças à parte, sou muito dado a acreditar no que posso experienciar. apesar disso não sou fã do universo mecanicista nem de newton. essa aridez no que concerne à experiência me abandona por completo quando estou entrando em outro estado de consciência, como quando durmo, por exemplo.
é confortador ter o coração aos pulos de puro terror.

Tuesday, July 03, 2007

gato

lendo um pouco sobre o gato de schrödinger e rindo à toa com a possibilidade não aventada de se usar o maquinário em que o fóton entra por cima ou por baixo (sendo um quon, todas as trajetórias possíveis e tudo mais) como auxílio à medicina veterinária e ressuscitadora de pelo menos 50% de gatos mortos.
mais uma pilha de quadrinhos de consumo adquirida hoje sem sinal à vista de coisas que queira manter na coleção. essas tão cada vez mais raras.
li: O SÉTIMO SUSPIRO DO SAMURAI ou e se barba azul e branca de neve fossem contos japoneses passados na era edo; O SONHO PROLONGADO DO SR.T ou como a interpretação dos sonhos de freud pode ser usada na composição de uma banda desenhada.

Monday, July 02, 2007

informação

engraçado o formato de minha cabeça hoje.
pensando (sem querer) no que é informação.
numa palavra, é surpresa. o que você ainda não sabe. o bombom ainda não degustado. definição suspeita, já que se baseia mais em negativas. é como tentar definir o amor.
a informação interessa principalmente quando te soca o estômago, é vivenciada, não transmitida por terceiros.
a experiência pessoal. tá certo que ler num pedaço de papel qualquer coisa pode ser considerado como um modo legítimo de transmissão de dados.
só tá cada vez mais raro ser surpreendido desse jeito.
e, mais legal (ou menos, depende de quem você é), mesmo quando você já tem uma informação pela via intelectual, é diferente recebê-la frontalmente, às vezes até correndo algum risco na recepção.

Sunday, July 01, 2007

idéia

sabe-se lá quando tive uma dessas.
ontem, andando no boulevard como qualquer outra das tantas pessoas civilizadas que me cercavam, fui atingido em cheio no rosto pela realidade.
não a dos livros, padronizada e bonitinha, mas a louca e incessante, em se tratando do quesito surpresa, que nos cerca.
depois de morgar por uns meses uma falta total de criatividade, encontrei um veio que me incomoda o bastante pra querer explorá-lo, pra tentar entendê-lo.
apelo às tripas, às entranhas fumegantes que me fazem humano, não às intelectualices alienantes dos últimos tempos.

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