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Bifurcação: deep

Bifurcação

Tuesday, February 06, 2007

deep

a idéia, então, é ir o mais fundo que der.

sem duplo sentido, por favor. basta o que já aparece naturalmente, enquanto digito sem pensar nas conseqüências...

o que me fez querer escrever originalmente, eis a questão. já nem sei mais. mas comecei a suspeitar que com entusiasmo e determinação poderia encontrar minha própria voz quando encontrei pela frente esse velho safado, charlie bukowski. ou charles. ou buck. ou henry chinasky, pai de meu personagem, jacó chinasky. é, jacó tem pai gringo, o fdp.

a impressão que bukowski dava da coisa toda era uma só: é fácil. basta ter ao lado cigarros e cerveja o bastante e escrever sobre o que te incomoda, fascina e assim por diante. é um jeito de fazer, claro, mas não o único.

não mais.

acho que já li o suficiente e posso falar que meus escritores preferidos não são os mais populares. gosto de idéias incomuns tanto quanto meu próximo, mas admiro também a execução, sabe? como as idéias são transpostas, o que se costuma chamar por aí de estilo.

nabokov é um dos que redescobri. esqueça lolita e a pecha de pedófilo que alguns pregaram no russo. leia ADA. leia PNIN ou FOGO PÁLIDO ou A DEFESA. o sujeito lida com metalinguagem como ninguém, usa truques narrativos que deve ter inventado por ocasião de cada livro que escreveu...

pynchon é outro. apesar de ainda não ter lido sua obra mais conhecida já me aventurei com pelo menos 3 de seus livros e sei que gosto do material. V (não o gibi, o livro que é mencionado no gibi) foi lido num perído talvez não muito adequado mas não poderia cair melhor em meu sistema digestivo-mental. VINELAND é a coisa mais paranóica e crítica a todas as neuras americanas em que você pode pôr os olhos.

borges e cortazar são insuspeitos, esses nossos colegas de continente.

por aqui, machado e graciliano, claro.

começou com bukowsky, mas antes li um punhado de ficção mainstream que serviu pra me levar aos livros ditos literários.

acho que é um pouco com isso que estou tentando lidar ao escrever IMITAÇÃO... essa coisa da diferenciação que se faz entre ficção mainstream e literária.

o importante no fim das contas é contar a história e saber se o leitor gosta dela ou não.

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